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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

São Pedro: pequena cidade localizada no centro do Estado de São Paulo. Repousa nas encostas da Serra do Itaqueri.
Ao avistá-la de longe, lembra um presépio napolitano, com seu casario entre árvores, plantações, pastagens e duas torres antigas, encimadas por uma cruz, que assinalam a fé avoenga trazida pelos povoadores em meados do século XIX.


Na metade daquele século, muitos ituanos saíram da cidade natal em busca de terras de boa qualidade, com fartura de água.
Pretendiam formar fazendas e cultivar a cana-de-açúcar e o café em grande escala.

 

O vale do médio Tietê tinha a preferência desses desbravadores saídos de Itu. Três irmãos da família Teixeira de Barros - Joaquim, José e Luiz - adquiriram a Sesmaria do Pinheiros, onde hoje se situa São Pedro. Trouxeram os familiares, os escravos, os empregados e demais agregados.

 

Por aqui passava o Picadão. Assim era chamada uma trilha aberta na mata virgem em 1725, que vinha de São Paulo, rumo às minas de Cuiabá. A trilha atravessava a selva, onde viviam diversas tribos indígenas. Nestas paragens, predominavam os ferozes paiaguás, que costumavam atacar e até dizimar caravanas dos que viajavam tanto por terra como pelos rios. Em razão dos perigos existentes - ataques de silvícolas e de animais ferozes - o governo da Província determinou que se providenciassem pousos pela trilha do Picadão, em distâncias que permitissem o pernoite e o descanso dos viajantes. Nos pousos, havia mantimentos, animais de carga disponíveis e água para toda a tropa. Havia muita conversa à noite, enquanto se alimentavam. Trocavam informações e aguardavam o início da madrugada para a partida. No local onde se situa o centro histórico de São Pedro, ficava um pouso. Era conhecido como o Pouso do Picadão. Posicionava-se numa colina entre dois ribeirões: o Pinheiro e o Samambaia, o que facilitava a vida dos viajantes. O tropeiro Floriano da Costa Pereira, o Florianão, cuidava desse pouso.

 

Quando adquiriram a Sesmaria do Pinheiro, os três irmãos Teixeira de Barros assumiram, como era de praxe, a obrigação de formar um povoado. Joaquim, o mais velho deles, considerado o povoador, procurou erigir logo uma capelinha. O padroeiro: São Sebastião. Era a condição necessária para a existência da povoação. E deveria ter, é claro, a autorização da Igreja Católica, ligada juridicamente ao Império. Autorização concedida, o povoado ganhou o nome de Capela, o primeiro degrau na evolução administrativa. Assim nasceu nossa cidade. Seu primeiro nome: Capela do Picadão.

 

Os moradores não deviam apreciar tal nome, pois não demorou muito, trocaram de padroeiro e resolveram que o nome do local seria Capela de São Pedro: homenagem ao novo santo escolhido para protegê-los. Outras famílias seguiram o exemplo dos irmãos Teixeira e vieram para cá, atraídos pela fertilidade da terra. As fazendas multiplicaram-se, assim como as casas ao redor da capelinha. Impulsionada pelo progresso, a Capela de São Pedro foi elevada à categoria de Freguesia, em 1864.

 

Essa evolução dava direito a um sacerdote. Ele chegou nem 1867, um italiano: Padre Aurélio Votta. Em 1875, veio para cá o Capitão Veríssimo Antônio da Silva Prado, Barão de Iguape. Homem influente, ele estabeleceu-se como fazendeiro e conseguiu que a Freguesia de São Pedro fosse elevada á categoria de Vila, em 1879.

 

Dois anos mais tarde, veio outra conquista sua: a emancipação político-administrativa da Vila. São Pedro desligava-se de Piracicaba. Em 1882, ainda por sua influência, a Vila de São Pedro tornou--se Comarca e teve seu primeiro Juiz de Direito: Dr. João Baptista Pinto de Toledo.

 

O período de 1890 a 1895 foi marcado pela imigração, principalmente a italiana, que substituiu a mão escrava na agricultura. Com a respeitável produção anual de cerca de 7 milhões de quilos de café, São Pedro conseguiu projeção na época. Até um ramal de estrada de ferro chegou à cidade em 1893.

 

A ajuda dos fazendeiros enriquecidos pela cafeicultura foi fundamental para os melhoramentos que se seguiram: ajardinamento da praça central, o coreto, luz elétrica, canalização da água, Santa Casa de Misericórdia, Cemitério Municipal, Grupo Escolar, uma bela Igreja Matriz, a Cadeia, a Prefeitura, a Câmara Municipal.

 

O Grupo Escolar, com planta do renomado escritório de Ramos de Azevedo, faz parte de um seleto e pequeno número de prédios escolares do início do século XX. Reconhecida sua importância e a necessidade de preservação, foi tombado pelo CONDEPHAAT do Estado de São Paulo em 2002.

 

Com a crise de 1929, diminuiu de maneira acentuada a produção cafeeira. A economia estagnou. O progresso parou. Foi quando se introduziu o bordado em ponto de cruz. A cidade ganhou fama com esse bordado.

 

A perfuração à procura de petróleo nos anos 1920, em nosso município, ocasionou a descoberta de várias fontes de águas medicinais: sulfurosas, bicarbonatadas e sulfatadas. Foi o início das Termas de São Pedro. Houve até a construção de um luxuoso Hotel Cassino.

 

Na década de 1940, o Balneário foi emancipado. Ganhou nome: Águas de São Pedro. Transformou-se em um novo município, o menor do Brasil. Situa-se em uma área subtraída à de São Pedro. Hoje a cidade de São Pedro é uma estância turística com uma rede considerável de hotéis e pousadas. Seu clima aprazível atrai os turistas.



A Serra do Itaqueri favorece o ecoturismo e a prática de esportes radicais, como o voo em asa-delta e a descida em rapel nas cachoeiras e saltos da região. Feiras de artesanato também atraem os visitantes, assim como as festas populares e as comemorações dos dois santos padroeiros: São Sebastião e São Pedro.

 

Em setembro há uma semana de eventos em homenagem ao poeta são-pedrense Gustavo Teixeira, falecido em 1937, poucos meses depois de ter sido eleito para a Academia Paulista de Letras. Outra figura são-pedrense de destaque é a escritora Maria de Lourdes Teixeira, a primeira mulher a ser eleita para a referida Academia.

 

 

Maria do Carmo Mendes de Andrade e Souza.
São Pedro, 11 de setembro de 2006.

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