O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, denominado de PCJ realizou na última terça-feira, na Câmara Municipal de Campinas, a primeira reunião do Conselho Fiscal de 2014, contando com a presença dos vereadores Du Sorocaba (PSB) e Índio (PPS).

O Conselho Fiscal do Consórcio PCJ é formado por representantes das Câmaras de Vereadores dos 43 municípios associados à entidade e tem a função de apreciar e fiscalizar as contas e as atividades da entidade.

A 1ª Reunião Fiscal do PCJ teve como proposta discutir ações para enfrentar a crise hídrica decorrente da estiagem atípica e os reflexos no Sistema Cantareira. Dentre as diversas ações deliberadas pela “Carta de Campinas”, está a realização de uma grande manifestação nomeada “Ato do Cantareira”, previsto para acontecer em Piracaia (SP), onde está situada a barragem Cachoeira, umas das cinco que compõe o Sistema Cantareira. O ato pretende chamar a atenção de toda a sociedade, quanto à crise existente nas regiões abastecidas pelo Cantareira. Esse ato será realizado durante a próxima reunião do Conselho Fiscal, prevista para ocorrer no mês de abril.

“Ainda nem entramos em tempo de estiagem e já estamos enfrentando a crise sobre o abastecimento de água; o Sistema Cantareira que abastece a capital. Notamos que os níveis de suas represas a cada dia vêm baixando, devido a retirada de mais água do que seria permitido, com isso podemos notar que acaba refletindo na nossa região; se continuar com essa retirada desproporcional, podemos ter problemas no abastecimento de água em toda a região assistida pelo consorcio PCJ, como também acompanhamos a mortandade de peixe no Rio de Piracicaba. O Governo do Estado teria como obrigação ampliar esse sistema com mais reservatórios com o intuito de atender a demanda do abastecimento da capital”,  disse Du Sorocaba.

Segundo os organizadores do PCJ, o encontro visa propiciar a democratização dos acontecimentos no atual período de estiagem, que é o pior nos últimos oitenta anos, coletando propostas, organizando questionamentos aos organismos gestores, permitindo a formação de um grande mutirão comunitário para superar os impactos negativos que a ausência de chuvas tem provocado na região.