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Administração - Quinta-feira, 05 de Junho de 2008

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PEC DOS VEREADORES AINDA NÃO DEVERÁ TER EFEITO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, DIZ GARIBALDI

PEC DOS VEREADORES AINDA NÃO DEVERÁ TER EFEITO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, DIZ GARIBALDI


PEC DOS VEREADORES AINDA NÃO DEVERÁ TER EFEITO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, DIZ GARIBALDI


Os líderes partidários no Senado decidiram, em reunião na quarta-feira, 4, que a proposta de emenda à Constituição que aumenta o número de vereadores, mas reduz os gastos com as câmaras municipais do país seguirá tramitação normal, ou seja, não será votada antes que sejam apreciadas as matérias que a antecedem por ordem de chegada. Dessa forma, os senadores acreditam que há poucas chances de a mudança ser colocada em prática já nas próximas eleições municipais. Para que as novas regras fossem implementadas já a partir do pleito de outubro, a PEC teria que ser aprovada até 30 de junho. “Não havendo consenso para votação, dificilmente ela será votada”, disse Garibaldi. A proposta, aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada em primeiro e segundo turnos, chegou ao Senado sob forte pressão dos Legislativos municipais do país, contrários ao texto. Na avaliação dos vereadores, que participaram da reunião de lideranças, a redução do limite de gastos às vésperas das eleições é inoportuno. Eles também alegam que o corte poderia inviabilizar o funcionamento de muitas câmaras. “Acho que o Brasil não precisa de mais vereadores, precisa de mais eficiência e qualidade nos serviços, e isso não conseguiremos com um orçamento tão reduzido”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo. O texto aprovado na Câmara, onde a matéria tramitou como PEC 333/04, aumenta o número de vereadores do país dos atuais 51.748 para 59.791, mas reduz os gastos com vereadores de R$ 6 bilhões para R$ 4,8 bilhões anuais, porque o limite de gastos das câmaras foi fixado em 2% a 4,5% da arrecadação do município dentro de cinco faixas de receita total anual. Hoje, esse limite é de 5% a 8% da receita, variando com base no número de habitantes. A PEC cria 24 faixas de números de vereadores, de acordo com o tamanho da população de cada município. Para a menor faixa populacional, de até 15 mil habitantes, a câmara poderá ter no máximo nove vereadores. A maior faixa é de 55 vereadores para o município com mais de 8 milhões de habitantes - o que atinge apenas a cidade de São Paulo. Enquanto o texto aguarda apreciação pelo Senado, ao lado das outras matérias, o senador Efraim Moraes (DEM-PB) deverá apresentar em Plenário um requerimento para votação em destaque do artigo 2º, da PEC, que trata da redução de gastos. A idéia é constituir uma outra proposição para tramitar em paralelo, mantendo o número de vereadores estipulado pelo texto da Câmara e redefinindo a questão dos valores dos repasses. Impossibilitados de fiscalizar Na avaliação dos vereadores, na medida em que dificulta o funcionamento das câmaras, a PEC tolhe a capacidade de fiscalização do Legislativo em relação os Executivos municipais, o que, para eles, beneficia os prefeitos. Cláudio Caixeta, presidente da Câmara Municipal de Ipameri (GO), que tem 25 mil habitantes, espera um corte de ao menos 50% nos repasses caso a proposta não seja modificada. “Nós nos adequamos à lei e substituímos os funcionários contratados por concursados recentemente. Não podemos fazer demissões em ano eleitoral, muito menos reduzir salários. O que querem que a gente faça?”, indagou.


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