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SECRETÁRIA COMPARECE À CÂMARA E FALA SOBRE PROBLEMAS NA SAÚDE PÚBLICA
Atendendo ao Requerimento dos vereadores Elias Candeias (PSB) e Adilson de Jesus (PSDB) apresentado em plenário e aprovado por unanimidade dos vereadores, a Secretária Municipal de Saúde, Patrícia Ruschel, compareceu à Câmara na última quarta-feira, 15, durante a realização da 15ª sessão ordinária. A presença da secretária visou o esclarecimento de questões relacionadas à Saúde Pública de São Pedro que tem gerado a insatisfação de munícipes e, por conseqüência, a manifestação de constantes reclamações que, na maioria das vezes são acompanhadas por pedidos de ajuda aos vereadores. Confira abaixo os principais problemas apontados pelos vereadores durante a reunião e as respostas apresentadas pela Secretária: Falta de medicamentos e de tiras de dextro (para medição do nível de glicose no sangue) Patrícia: “Enfrentamos um grave problema no início do ano com relação às tiras de dextro. Temos uma estimativa de que são consumidas 8 mil tiras por mês, só que nem todos estão fazendo o tratamento corretamente o que aumenta o número, pois acabam tendo que usar mais. Esta semana ficamos sem, mas pelo empenho que foi feito, até o final desta semana chegarão 50 mil tiras. Esta semana, os casos de pacientes que estão ficando sem as fitas antes desta remessa que vai chegar estão indo até a Secretaria e estamos fazendo uma compra direta, fornecendo a princípio, uma caixa com 50 tiras, que dará para poucos dias, até chegar a remessa e reabastecermos novamente. Também tivemos um problema com relação aos medicamentos de alto custo, pois, de acordo com uma portaria publicada no mês de maio, o município agora é o responsável pela distribuição destes medicamentos, que até então eram fornecidos pela farmácia de alto de custo do governo, em Piracicaba. O problema é que nós não tínhamos previsto essa despesa no orçamento e já tínhamos fechado as licitações, e a verba do governo para estes medicamentos só começou a vir a partir de junho.A princípio o município é responsável pela distribuição de 10 medicamentos de alto custo. Quanto ao Captopril (medicamento indicado para o tratamento de hipertensão, infarto e doença renal causada por diabetes) ele é fornecido pela FURP (Fundação para o Remédio Popular) subordinada ao Governo, que ficou 3 meses em greve, gerando uma falha na entrega, não só aqui, mas em nível nacional. Sobre a falta de antibióticos e outros medicamentos no hospital não posso informar, isso deve ser questionado à Comissão interventora, pois o hospital está sendo administrado por ela.” Quantidade insuficiente de exames para atender a população Patrícia - “Temos uma cota de exames: são 4 mil exames de laboratório por mês, o que dá uma média de 175 exames por dia, também realizamos 10 tomografias por ano, que são feitas por Piracicaba, e no último mês foram realizadas 60 mamografias. Estamos fazendo ultrassom pélvico, gestacional, de abdomem, vias urinárias e obstétrico, só o os de contrastados que encaminhamos para os AMES (Ambulatórios Médicos de Especialidades) porque nosso equipamento não faz. As ressonâncias são o mesmo caso das tomografias, que são feitas por Piracicaba, que tem que disponibilizar esses exames para 11 municípios da região. O número desses exames para nós é restrito a 10 por ano, pois a divisão é feita per capta para os municípios e já é determinado pela DRS (Departamento Regional de Saúde). Além disso, as empresas que prestam esse serviço estão aguardando o reajuste que foi publicado para que possam retomar os serviços, estão fazendo o mínimo por conta do pagamento do SUS ser muito pequeno. Falta de equipamentos para realização de consultas e exames Patrícia – “Antes de eu assumir a Secretaria de Saúde recebeu vários equipamentos que foram armazenados no hospital. Dentre eles um eletrocardiograma e um bisturi elétrico. Temos um aparelho de ultrassom que estava na sala de raio x, mas não estava sendo utilizado, porque os exames estavam sendo feitos por uma médica que trazia o aparelho dela por ser mais avançado. Mas já estamos utilizando o nosso aparelho de ultrassom há 3 meses no hospital. Com relação a balança para pesagem de bebês, realmente a nossa está manutenção, mas dentro de 10 a 15 dias deveremos receber 2 balanças digitais que receberemos através de emenda parlamentar de um deputado juntamente com outros equipamentos que também estão prestes a chegar. Sobre o mamógrafo do município, o que posso informar é que o Conselho de Saúde solicitou junto à comissão interventora do hospital um posicionamento sobre a localização deste aparelho.” Falta de materiais nas Unidades de Saúde (lençóis de papel, luvas, sabonete, papel toalha) Patrícia – “Em todas as unidades temos os nossos coordenadores e aos quais procuro delegar essa responsabilidade. Se as informações de que os materiais estão acabando chegam, damos encaminhamento e fazemos a compra, temos as meninas do almoxarifado trabalhando direto lá. Atribuo essa falta momentânea de materiais a uma falta de planejamento da unidade, pois sabemos quantas consultas realizamos e quantos consultórios temos que abastecer. Vou me interar melhor desse assunto e ver onde está a falha.” Perda de vacinas por falta de gerador de energia elétrica na UMIS Patrícia – “Não tenho conhecimento sobre nenhuma perda de vacinas por queda de energia elétrica, até porque quando isso acontece as vacinas são colocadas em observação por um período. O refrigerador onde são armazenadas as vacinas contém um termostato que conserva a temperatura por 2 horas em caso de queda de energia, depois disso é disparado um alarme na Unidade de Saúde acionando a Guarda Municipal que contata o responsável para tomar as devidas providências. Realmente não temos um gerador na UMIS, é necessário e farei o pedido. Precisamos de muita coisa, fazemos um lista de prioridades e, conforme as possibilidades vamos adquirindo”. Em seguida, o vereador Adilson de Jesus (Branco – PSDB) contestou a resposta da secretária informando possuir documentos que comprovam a perda de vacinas por falta de refrigeração. Falta de veículos para transporte de pacientes Patrícia – “O transporte de pacientes é nossa maior dificuldade hoje, e também da região. Os AMES ((Ambulatórios Médicos de Especialidades) estão oferecendo várias consultas em diversas especialidades, mas nossos veículos estão bem rodados. São 130 viagens por mês, 7 viagens por dia, e transportamos em média 600 pacientes por mês. Para atender a demanda precisaríamos de mais uma ou duas kombis de 12 lugares e de motoristas. Esse é o problema mais gritante hoje, porque os exames estamos conseguindo resolver, as cirurgias também não temos longas filas”. Demora no agendamento de consultas Patrícia – “Os problemas são mínimos com relação às consultas. Realizamos 3669 consultas por mês, 183 consultas por dia, com a reabertura do hospital e o plantão temos obstetra e 2 pediatras no hospital, porém os pacientes estão faltando demais às consultas e também não estão atualizando seus telefones celulares junto à secretaria, temos tido a liberação de vários exames, e adiantamento de consultas, mas não conseguimos entrar em contato com as pessoas porque o telefone está errado. A especialidade que tem a maior fila de espera para consulta é a cardiologia, que é a mais solicitada, e tem demorado em média 3 meses. Para minimizar esse tempo, temos o AME de Rio Claro que tem esse especialidade, e, conforme vão abrindo as vagas estamos encaminhando nossos pacientes. Lá eles fazem a consulta, avaliação e os exames e o cardiologista de lá entra em contato com o nosso e damos continuidade no tratamento aqui. Sobre a oftalmologia, o Dr. Raul estava de férias, por isso também acumulou um pouco. Estamos estudando fazer mutirões para aliviar as consultas”. Falta de médicos e cumprimento de carga horária Patrícia – “As duas maiores especialidades solicitadas na Conferência Municipal de Saúde são psiquiatria e geriatria. No plano Municipal de Saúde, que tem as ações para 2010, está a contratação de um médico psiquiatra, pois precisamos de um psiquiatra pelo menos 4 horas por dia em São Pedro, o que pretendo conseguir até o final deste ano. Quanto ao cumprimento da carga horária pelos médicos, cada um tem sua particularidade de acordo com o concurso que prestou, mas todos cumprem. O que acontece é que temos parcerias com o Lar dos Velhinhos, Secretaria de Esportes e outros locais que precisam dos serviços médicos, e alguns médicos dividem a carga horária entre a as Unidades e esses locais”. Falta de planejamento orçamentário Patrícia – “Estamos procurando fazer o orçamento o mais próximo possível da realidade’. Falta de coleta hospitalar nos estabelecimentos de saúde do município Patrícia – “Temos um contrato por peso para a coleta e tratamento de lixo hospitalar e estava uma quantidade exorbitante, mas podemos tentar fazer uma parceria com as clínicas da cidade para nos ajudar no armazenamento desse lixo, que tem regras bem exigentes, e nós nos responsabilizamos pela coleta e tratamento”.
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