A Câmara Municipal de São Pedro sediou, na noite da última sexta-feira (31), o 1° Encontro Vizinhança Solidária de São Pedro. O evento foi organizado pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da cidade e pela 3ª Companhia do 10º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I).
Participaram do encontro o secretário de Segurança Pública do Estado, general João Camilo de Campos; o prefeito Hélio Zanatta; o comandante e subcomandante do 10º BPM/I, tenente-coronel Rodrigo Eval Arena e major Paulo Borges, respectivamente; o delegado de Polícia Civil Airton Jaguanharo Corrêa; o chefe de Instrução do Tiro de Guerra, subtenente do Exército Vagner Guilherme da Silva; o supervisor da Guarda Civil Municipal de São Pedro, Luciano Cavalcante; e o presidente do Conseg, Tiago Chiosini.
Além deles, também estiveram no evento a secretária de governo de Charqueada Valkíria Callovi; o secretário são-pedrense Pedro Aguiar; e os vereadores de São Pedro Du Sorocaba (PSB), Elias Candeias (PP), Robinho Pedrosa (PSL), Luiz Melado (PSDB) e ainda Albino Antunes – Índio (PPS).
Criado pela Polícia Militar de São Paulo, o Programa Vizinhança Solidária é um conjunto de ações que busca, por meio da prevenção primária, melhorar a segurança pública local, incentivando a vizinhança a adotar medidas capazes de prevenir delitos e colaborar com o policiamento.
“O programa trabalha com medidas preventivas que visam organizar as pessoas para que elas façam a segurança uma da outra, sempre posicionando a polícia em caso de anormalidade. A população é quem mais conhece o que está ocorrendo na região. São medidas que estão ao alcance de todos e que podem ajudar a fazer a cidade mais segura”, explicou o comandante do 10º BPM/I, o tenente-coronel Rodrigo Eval Arena.
Segundo o capitão Ricardo Bessa, que apresentou uma palestra no encontro, o Programa Vizinhança Solidária existe na cidade desde 2017 e vem surtindo bons resultados na redução das ocorrências policiais. Entre São Pedro e Águas de São Pedro, o trabalho envolve mais de 600 pessoas.
“Eu costumo dizer que melhor do que alguns policiais fazendo a fiscalização é ter mais de 600 cidadãos de bem nos ajudando. Desde que iniciamos o programa, temos obtido resultados positivos. Então, é sinal de que o programa dá certo, junto com outras ações que nós desenvolvemos”, falou o capitão.
Dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) apontam que os casos de furto tiveram uma redução de 19% em São Pedro, saindo de 456 registros em 2017 para 368 em 2018. O número de roubos também teve uma queda de 19,5%, caindo de 87 para 70 nos dois anos. Já a diminuição dos casos de furto e roubo de veículos foi ainda mais expressiva, chegando a 45%, passando de 55 para 30.
O secretário estadual de Segurança, general João Camilo de Campos, ressaltou a importância do Programa Vizinhança Solidária, uma das ferramentas estratégicas adotadas em São Paulo, contando com a participação da comunidade.
“A segurança pública nasce onde as pessoas moram. Quando há uma integração das comunidades com o setor público, tudo tende a resolver. Existem quatro ferramentas que contribuem barbaramente: a Guarda Civil Metropolitana, os Conselhos Comunitários de Segurança, o Gabinete de Gestão Integrada e a Vizinhança Solidária, quando as pessoas se unem. A segurança é um dever do Estado e a Constituição Federal diz que ela é responsabilidade de todos”, acrescentou o general.
Conseg
O Conseg é um grupo de pessoas do mesmo município que se reúne para discutir, analisar e planejar soluções para os problemas comunitários de segurança. Além disso, o conselho também desenvolve campanhas educativas e busca estreitar laços de cooperação entre as lideranças locais.
Durante o encontro, o presidente do Conseg São Pedro, Thiago Chiosini, apresentou a nova diretoria e falou sobre a iniciativa do Programa Vizinhança Solidária. “É um programa da PM e o Conseg abraçou a causa, porque mexe com a Segurança Pública. Está funcionando muito bem na cidade”, disse.
Homens do Tiro de Guerra 02-091 da cidade deram apoio na segurança do evento. O subtenente do Exército Vagner Guilherme da Silva disse que é muito importante envolver os atiradores nos eventos para que conheçam ainda mais o município onde moram. O grupo possui 50 atiradores.
“O Tiro de Guerra forma o atirador como reservista de segunda categoria. O reservista precisa conhecer a sua comunidade, se integrar e saber quais os procedimentos de segurança que ele pode ajudar a criar para melhorar ainda mais a segurança”, falou.
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