O presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Pedro (SAAESP), José Rubens Françoso, se reuniu com vereadores na quarta-feira, 30 de agosto. No cargo desde março de 2023, ele prestou contas da administração até o momento e respondeu a perguntas dos vereadores.
Françoso afirmou que existem três projetos em andamento para a infraestrutura de água e esgoto de São Pedro: a revisão do Plano Diretor de Saneamento, a troca de 1300 metros de tubulação antiga de ferro, a ser substituída por PEAD (polietileno de alta densidade), e o Plano Municipal de Saneamento Rural. Os três projetos receberão financiamento de R$ 1,7 milhão do Fehidro(Fundo Estadual de Recursos Hídricos), com contrapartida de 3%, em torno de R$ 50 mil. Também está em análise a implantação de um terceiro tanque na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Samambaia, já havendo dois tanques com capacidade de atendimento de 20 mil habitantes cada um.
Abastecimento
O vereador Du Modesto (Avante) questionou o presidente a respeito dos incidentes de interrupção no abastecimento de água. Françoso disse não haver escassez no momento nos poços de captação, mas que há problemas no bombeamento de água nos poços pela interrupção da energia elétrica. “O SAAESP monitora o nível d’água em todos os reservatórios, com 56 câmeras nos pontos de captação. O que por vezes acontece é que falta energia para acionar a bomba, que não consegue captar ou quebra, e até ser substituída pode haver falta d’água em determinado ponto.” Françoso diz haver uma linha direta entre o SAAESP e a fornecedora de energia elétrica, a CPFL para que os problemas na rede sejam resolvidos rapidamente. “É cultura deles: (o fornecimento de energia para) saúde e água é prioridade.”
Du Modesto enfatizou que a questão da reserva domiciliar (caixa d´água) deve ser analisada como parte de uma política pública para diminuir o impacto da irregularidade no abastecimento: ”Muitos munícipes não tem condições de manter uma reserva; vale uma reflexão da Prefeitura e do SAAESP.”
O vereador questionou o andamento das obras de captação de água no ribeirão Araquá. Françoso respondeu que o projeto já foi licitado e que a fase de implantação está a cargo da Secretaria de Obras.
Quanto a questionamentos sobre denúncias de lançamento de esgoto in natura nos cursos d’água, Françoso diz que o SAAESP possui dois tanques: um está operante e o outro apresenta problemas técnicos, dizendo enfrentar dificuldades em contratar uma empresa para sanar o problema.
Loteamentos
Questionado quanto ao impacto das obras de novos loteamentos na rede hídrica, Françoso diz que estudos de viabilidade são feitos em todo projeto, se é preciso perfurar um poço ou implantar uma estação elevatória, ficando a encargo do proprietário. Após a ligação na rede de água e esgoto, a manutenção é de responsabilidade do SAAESP.
“O proprietário não necessariamente constrói o poço perto do seu terreno, mas em local definido pelo estudo. A implantação do reservatório não significa que a água seja exclusiva do loteamento; é uma outorga do SAAESP, que está à disposição do município para a população.”, disse Françoso.
“Nos projetos não devem ser avaliadas somente as questões técnicas, mas também a sustentabilidade”. –disse Du Modesto
Privatização
Du Modesto citou os estudos do governo estadual de privatizar a Sabesp. Françoso disse não ver possibilidade de privatização do serviço municipal: “São Pedro, com uma população de 38 mil habitantes, seria pouco rentável para uma empresa.”
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