HENRIQUE JESUS DESPEDE-SE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DE SÃO PEDRO.

Depois de dois anos à frente da Casa de Leis são-pedrense, Henrique Jesus Ramos da Silva, (PTB) conhecido como Ita, despede-se da presidência da Câmara Municipal, a qual deixa no próximo dia 31 de dezembro, para dar lugar ao novo presidente, Adilson de Jesus (PFL). Em seu terceiro exercício como vereador, Ita fala sobre a experiência da presidência, a qual assumiu em janeiro de 2005. Apesar de ter sido eleito vereador por 3 vezes, esta foi a primeira experiência como presidente. O que achou de estar no comando da Casa de Leis? Foi gratificante, porque estar à frente de uma Casa de Leis como esta permite um trabalho mais próximo do público e mais fácil. Mas não basta estar à frente, é preciso ter uma equipe que corresponda. Tive apoio dos colegas da câmara e da administração municipal também. Com isso, pude realizar um trabalho de aperfeiçoamento, de rapidez e transparência, o que é fruto de um trabalho conjunto. Como avalia o relacionamento com os colegas de trabalho? Respeitei a todos e fui respeitado. Houve oposição à mesa neste tempo? Acredito que não houve nada que pudesse ser considerado como oposição, só a preocupação com a comunidade. A administração foi feita de maneira democrática. Há diálogo entre os Poderes executivo e Legislativo? Com certeza. Desde que assumi a presidência isso sempre aconteceu de maneira natural. A gente procura olhar pelo bem da cidade e não os poderes em si. Qual o melhor momento da presidência nestes dois anos? A posse, pela emoção da vitória, por ter alcançado o reconhecimento do trabalho e o respeito dos colegas. Qual foi sua filosofia de trabalho? Minha filosofia sempre foi a preocupação com o próximo. Quando se assume um cargo público, não há como ser diferente. Se você não olha para o próximo e procura ajudar, como vai resolver os problemas de uma população? Existe algum projeto que não foi possível realizar? Não consegui colocar em prática dois projetos de minha autoria: o do Vereador Mirim e o Estudante na Câmara, que ficaram prejudicados por causa do calendário escolar das escolas. Ambos os projetos permitiriam ao estudante participar de todo o processo legislativo, o que contribuiria para sua formação e para o pleno exercício da cidadania, com noções de política. Como seria o Projeto do Vereador Mirim? Seriam escolhidos nove alunos das quartas às oitavas séries do Ensino Fundamental das escolas municipais, que seriam os vereadores-mirins. Eles teriam toda a estrutura da Câmara Municipal para que pudessem, também em sessões camarárias mirins, apresentar indicações, requerimentos e até projetos. Recentemente foram implantados a ata eletrônica e o site da Câmara Municipal. Como o sr. vê a comunicação nos dias atuais? A interação entre o Poder Legislativo e o povo é de suma importância, e os meios de comunicação estão à disposição para fazer esta ponte. Buscamos, através do site, que está no ar desde novembro, um mecanismo que possibilite à população a busca de informações sobre as ações desenvolvidas na Câmara Municipal. Ele funciona como um porta-voz dos munícipes e é uma importante ferramenta para a total transparência. Já a ata eletrônica, implantada em agosto deste ano, permite que as sessões sejam gravadas com áudio e vídeo, ficando registradas como documentos oficiais. Ela não permite contestações sobre os fatos ocorridos nas sessões, e registra na íntegra os pronunciamentos dos vereadores, evitando interpretações errôneas. Quais são suas pretensões políticas? Não tenho isso definido ainda, acredito que seja cedo para se falar em pretensões políticas. O que é certo é que pretendo mudar de partido, estou analisando propostas e, houver possibilidade, quero ser presidente da câmara novamente no futuro. Que conselho daria ao novo presidente, Adilson de Jesus? Ser humilde sempre e manter o respeito dentro do recinto da Câmara.